segunda-feira, março 10



Exposição colectiva de contribuição para a APPC
Favorecendo-se a partilha saudável e despida sobretudo de preconceito

 
A Associação do Porto de Paralisia Cerebral (APPC) tem por objetivo a prevenção, a habilitação, participação, inclusão social e apoio à pessoa com Paralisia Cerebral e família.
 A APPC presta serviços de qualidade nas áreas da reabilitação, formação e ocupação, promovendo autonomia, integração e qualidade de vida das pessoas com paralisia cerebral, situações neurológicas afins e outras pessoas em situação de vulnerabilidade, numa lógica de cuidados globais e integrados, ao longo de toda a sua vida e em cooperação ativa com os associados.
Numa estratégia inclusiva, a par dos serviços destinados à reabilitação e autonomização das pessoas com deficiência (centro de reabilitação, centro de atividades ocupacionais e respostas residenciais para jovens e adultos), desenvolve serviços de apoio social e educativo para outras pessoas, nomeadamente um centro comunitário com  atividades de saúde física e bem-estar para a população sénior, um centro de atividades de tempos livres para crianças do primeiro ciclo e ainda um jardim-de-infância.
Em todos, promove-se a interação entre as várias dimensões humanas, partilhando sinergias na resolução das diferentes problemáticas.
Os artistas representados nesta exposição de pintura, fotografia e azulejo da colecção de acervo da galeria são: Odete Pereira, Maria Helena Lima, Ciprian Ciuclea, Geraldes da Silva, Filipa Aranda, Carlos Inácio, José Neto, Rui de Barros, Eunice Maia, Leonardo Cumbo, Rita Paixão, Fernando Martins e Três Pontinhos. A venda das suas obras funcionará como contribuição (70%) para a APPC e o restante para o espaço exposicional da Galeria Geraldes da Silva e apoio artístico que aí se desenvolve.
Piso 00
de 15 de Março a 10 de Abril
 

 



O ouro breve das imagens
Desenho e intervenção poética


- Licenciatura em Artes - Plásticas (Pintura e Escultura), pela F.B.A.U.P. (Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto).
- Frequência no Curso de Mestrado em Literatura Comparada, 1º ano, na F.F.P.  (Faculdade Fernando Pessoa) – Porto.
- Representado em vários Museus, Instituições públicas e coleções privadas, em Portugal e no estrangeiro.
- Participações em várias Exposições de “Mail Art”, “Poesia Visual” e Digital Art” em Portugal e no Estrangeiro. Colaborações em Revistas, Jornais, Blogues, Sites,, etc.

mundos contados

Acontece que antes da mostra houve que contar os quadros. Estavam numerados de 5 a 28 (e eu sei lá dos quantos mundos perdidos).Logo, eram vinte e três. Porém, no palimpsesto em que os ordenara o artista contava vinte e quatro. Pelos dedos teríamos lá ido se nos chegassem. Houve então que contá-los pela orla do branco como quem puxa a rédea às ondas. Vinte e quatro. E os perfis sonhadores à falta de outro céu fitavam o artista. Vinte e quatro. Assim, onde a matemática subtrai acrescenta a arte um. Universo. E nele os labirintos expiram luz sobre os ângulos das formas e o nome das coisas apenas vistas. Planta, sol, estrela, lua, portas, casas, cruzes, olhos. Sempre plurais as habitadas. Sempre primordiais as singulares. Porque ver é a primeira caligrafia que aprendemos para outro mundo. E assim se disse o levante.

 a rota do levante

meia lua de Olhar é quanto basta para ser Céu. o solo dos teus sonhos  derramado em lar. Casa do mestre hesitante sobre o prumo dos traços. Que cor. Que rosto herdará o Ouro deste instante castelo por acabar. Labirinto dos passos da Luz. meio sol dos seus braços  é quanto basta ser.  cada branco tão diferente à sombra destes muros. outros. sóis serão vesúvios. estes tão só murmúrios. outros mundos, vozes, gentes, portas. para todos os búzios. enfim ocaso. Mar. húmus de planta sem semente. meio dia no levante e a casa do mestre hesitante quanto falta para chegar. Somos. Folhas de um só ramo. e em cada outono duvido. se o vento vem do vazio. ou de cada ângulo do estar.

Sofia Ramos

(Março. 2014)


Piso 01
de 15 de Março a 10 de Abril
 




 

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