sexta-feira, maio 19

"Versatilidades"
José da Silva
Exposição de Pintura

de 01 a 31 de Maio de 2006
“Eu”
Sou razão, angústia de um novo dia, sou “raiz” agarrado em alma e ser à seiva viva e activa, ao quadro próprio por inventar, à obra que “não está feita”.
Procuro-me na realidade/presente, no princípio da matéria/cor, no sentido da luz/vida. E agora o “encontro marcado”…
Arte/criação é querer, é ferida que não sara, é realidade, é “trair” em início, mas não parar, é aventura constante, é mistério, é sempre hora, é (re)começar.
Com Esquinas-Vivas sofri; em Metamorfoses “Gea” pensei; sonhei de novo “respirei/vivi”, mas não me acalmei.
Não me contive, não consegui parar, nem descansar.
Aceito-o pois. Não consigo fugir ao outro “eu”, é sina minha.
O que persigo! A Arte a diferença, como fim, a meta como infinito.
Sinto em alma “sei-o-bem”, que a “paz” possível na Pintura, é não ter nenhuma.
Nas origens, a dor, inquietação na procura constante da semente/razão, aventura do homem/artista, que força o Mundo para (sobre)viver/vencer no tempo presente.
Esquinas-Vivas, Metamorfoses, Mutações, Percursos, agora, próximos ou distantes o caminho/destino!
Não sei.
Só sei que sou conflito constante, inferno/drama/verdade/medo/moral, cerca-me a ideia do “real”, do “belo”, do “verdadeiro”.
Assim paz, imobilismo, conformismo, inércia nunca!
Não para mim, não na Arte.
Continuarei pois sempre á procura, “no fio da navalha” escravizo-me neste princípio/fim, acredito no homem/criação na luz/cor/forma/movimento, no mistério da vida.
E nesta nova Esquina-Viva a dobrar, procuro de novo a razão do meu “Eu”
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- A alusão social tem sido na, sua obra, o motivo do seu pintar. Tendências aos lugares isolados, esquinas vivas, azulejos perdidos, casarios e fontanários que fazem parte da sua infância, do seu viver, do seu pintar.
- É um pintor, participante, culturalmente activo, atento, inquisidor da vida em seu dia-a-dia, denunciando logo o seu modo de estar nas telas.
- Cenários negros são comuns nos trabalhos deste artista.
- Retrata sempre fisionomias de espírito agitado e perplexo, especialmente reunidas em torno de maternidades e grupos desfavorecidos.
- José Silva entra na pele dos seus quadros, envolvendo-se ele mesmo com as personagens, experimentando uma vivência estranha, colocando-se no lugar dos outros, passeando por lugares que o estimulam.
- Algumas das figuras nuas que o artista nos revela, não têm posturas cândidas, sensíveis ou delicadas. São mulheres sensuais, adultas, sofridas e libertas, felizes de se desnudarem.
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Biografia

- Nasceu na cidade do Porto em 1953.
- Inicia os seus estudos na E.C.I de Vila Nova de Gaia.
- Reside e tem Atelier actualmente em Vila Nova de Gaia.
- De 1968 a 1983 mantém contactos diários com a Arte,
através de Grandes Mestres da Pintura e suas obras.
- A sua primeira exposição individual realiza-se no Porto
na Galeria “O Primeiro de Janeiro. A partir de então
realizou mais de 100 Exposições, 40 das quais indivs.
- Sócio produtor da Cooperativa Árvore no Porto e dos
Artistas de Gaia Cooperativa Cultural C.R.L.
- Entre 1991/92 foi um dos responsáveis da Galeria do
Barredo no Porto.
- Catalogado no “Portuguese 20¨th Century Artists”, de
Michael Tannock e no dicionário “Artes Plásticas
Portugal – O Artista, seu Mercado” de Narciso Miranda.
- Visitas de Estudos regulares a Espanha, à Arco, “Feira
Internacional de Arte Contemp.”, acompanhando assim
outras expressões de Arte.
- Premiado no Fórum da Maia, Set. de ’96 na 1ª Bienal de
Artes Plásticas, organizada pelo Rotary Club da Maia.
- Está representado no Museu de Fafe, na Casa Museu
Teixeira Lopes, no Posto de Turismo de V.N. Gaia e em
diversas colecções partic.s no País e no Estrangeiro.
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Exposições Individuais

- 1977/1979: Galeria “O Primeiro de Janeiro” - Porto
- 1981: Galeria do Posto de Turismo de Matosinhos
- 1983: Galeria “O Primeiro de Janeiro” - Porto
- 1984: Galeria do Hotel Corcel - Porto
- 1985: Galeria da Fund. Eng.º Ant.º de Almeida - Porto
- 1986: Galeria do Ateneu Comercial do Porto
- 1987: Galeria do Centro Artesanato de Vila do Conde
Galeria da Casa Municipal de Cultura - Fafe
- 1988: Galerias Diogo de Macedo/Casa Museu Teixeira
Lopes – Vila Nova de Gaia
- 1989: Osnofa - Espinho
- 1991: Lóios Galeria - Porto
- 1993: Galerias Ateneu Comercial / Torres Bárbara
- 1994: Galeria da Coop. Artistas de Gaia – V N. de Gaia
- 1996: Espaço de Arte – Alamacem – Porto
- 1997: Galeria Torres Bárbara – Vila Nova de Gaia
- 1998: Livramar Galeria de Arte - Espinho
- 1999: Centro Unesco / Arte ao Quadrado - Porto
- 2000: Galeria Municipal - Aveiro
- 2001: Galeria de Arte Caminhense – Caminha
Galeiria D.R.C. – Barcelos
“Arte ao Quadrado” (Exp. de Cerâmica) - Porto
- 2002: Espaço de Arte Delmino Pereira – Vila Real
- 2003: Auditório Municipal De Vila Nova de Gaia
- 2004: Galerias Majestic/Companhia das Artes - Porto
- 2005: Espaço Arte/Atelier/Galeria José Silva - Gaia
- 2005: Galeria de Arte Caminhense - Caminha
- 2006: Galeria Geraldes da Silva - Porto

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